sábado, 14 de abril de 2012

ATENDIMENTO PELO SASSEPE, ESTÁ DECEPCIONANDO OS SERVIDORES.





















Dificuldade de agendamento de consultas e exames, falta de especialistas na rede credenciada, interrupção de tratamento de saúde, suspensão de medicação em atendimento de home care, negativas de coberturas. São alguns dos problemas enfrentados pelos usuários do plano de saúde dos servidores do estado (Sassepe). Há casos dramáticos de pacientes, em sua maioria idosos, que sofrem com a falta de assistência médica. O Sassepe é um sistema de saúde compartilhado financeiramente entre o governo e os servidores. Possui 200 mil usuários e não tem a fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).A professora aposentada Maria Stella Campos Apolinário, 89 anos, espera há mais de 30 dias a autorização para fazer uma cirurgia de fêmur na perna esquerda. Ela levou uma queda no dia 7 de março, foi socorrida no Hospital dos Servidores do Estado (HSE) e depois transferida para o hospital Alfa, onde são feitas as cirurgias ortopédicas. Impaciente com a demora e o sofrimento da sogra, o advogado Célio Alves Leite Filho entrou com uma ação na Justiça contra o Sassepe e conseguiu a tutela antecipada determinando a realização da cirurgia no prazo de 72 horas.“O prazo dado pela Justiça expirou desde o dia 4 de abril e até o dia 12 (ontem) o Sassepe não havia autorizado a cirurgia. Minha sogra está hospitalizada, sentindo muitas dores e com problemas pulmonares”, desabafa Célio. Não é o único caso. Edineide Pinheiro de Albuquerque apelou também à Justiça para ter direito aos medicamentos para a mãe, Maria Pinheiro de Albuquerque, de 84 anos. Diabética, Maria amputou um membro há um mês e está em atendimento de home care. “Após a cirurgia, quando ela voltou para casa, foi suspensa toda a medicação oral e os produtos de higiene e limpeza. Entrei com uma ação na Justiça e estou esperando uma liminar”, diz Edineide, emocionada ao falar da situação fragilizada da mãe.Tem mais. Cinco pacientes esperam na enfermaria vascular do HSE há mais de um mês para fazer um exame de angioplastia. A aposentada Maria Torres, 62 anos, está na fila de espera. Ela mora em Amaraji, na Zona da Mata Sul. Há 30 dias distante de casa, a aposentada chora sentindo a falta do marido, dos filhos e netos. “Eu sou diabética e estou prestes a amputar um dedo. O médico diz que o exame não depende dele e já pediu a autorização, mas está esperando a ordem.” Um dos filhos de dona Maria está como acompanhante e tem que bancar a alimentação. “A gente está comprando a comida com dificuldade, porque meu filho está desempregado e meu marido é aposentado e só ganha pouco mais de um salário.” ( Artigo extraído do Diário de Pernambuco ).

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