O Brasil possui cerca de 210 embaixadas e
consulados fora do país e apenas 66 deles registram os gastos no Sistema
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Ou seja, as
despesas de atividades brasileiras em terras estrangeiras ainda podem ser
considerados verdadeiras fortunas guardadas em caixas-pretas. Ao todo, os
dispêndios em 2014 já chegaram à quase R$ 1.000.000.000,00 Um Bilhão, porém
apenas 24,8% desse valor está transparente. A maior parcela dos desembolsos é
realizada pelo Escritório Financeiro de Nova Iorque: R$ 748,3 milhões. O
Escritório é responsável por efetuar o pagamento das embaixadas que ainda não
lançam recursos gastos diretamente no Siafi. De acordo com o relatório de
gestão da unidade, em 2013, 163 postos no exterior prestaram contas dos
recursos adiantados pelo Escritório Financeiro em Nova York (EFNY). Isso sem
considerar os gastos com pessoal em campo que trabalha na inteligência. Além do
EFNY, entre as embaixadas e consulados que possuem os gastos mais altos
lançados diretamente no SIAFI estão: Consulado Geral em Nova York, com R$ 11,7
milhões executados; Embaixada do Brasil em Berlim, com R$ 11,5 milhões; e
Embaixada do Brasil em Paris, com R$ 10,8 milhões.
As despesas foram contabilizadas até o
dia 31 de agosto deste ano. Um
casamento dentro do luxuoso Palácio Pamphilj, em Roma, chamou a atenção dos
turistas que passavam pela Praça Navona, um dos pontos turísticos mais
frequentados da capital italiana. O palácio tem história, requinte e pertence
ao governo brasileiro: sedia a Embaixada do Brasil. É também a residência
oficial do embaixador, José Viegas Filho. Ele e a mulher, a escritora peruana
Erika Stockholm, organizou o casamento de amigos e receberam convidados no
Pamphilj, em meados do ano passado, num dos espaços mais amplos e suntuosos do centro
histórico de Roma.